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Entrevista – Sérgio Ribas: “Subi de patamar como piloto”

Sérgio Ribas, veterano que começou a correr na década de 1970 com um Volkswagen da antiga Divisão 3, terminou a temporada de 2007 do Porsche GT3 Cup Challenge Brasil com justificada satisfação. Ele foi o sexto colocado no campeonato depois de conseguir, a partir da 11ª das 16 provas do ano, uma série de resultados entre o terceiro e o sexto lugar. Foi sua melhor seqüência desde a estréia na categoria, em agosto de 2005.

Contente com sua evolução como piloto, Ribas acredita que a próxima temporada será ainda melhor. Está animado com a perspectiva de ter uma participação ainda mais expressiva em 2008, como conta nesta entrevista.

Qual foi o melhor momento da temporada 2007 para você?

As duas corridas de Curitiba (provas 11 e 12) em que terminei em terceiro lugar. Ali, percebi uma mudança significativa, para melhor, no meu estilo de pilotar. Senti que havia atingido outro patamar como piloto e isso se confirmou nas provas seguintes, pois continuei obtendo bons resultados até o final da temporada.

E o que mudou exatamente? O que você passou a fazer de diferente para que esses resultados acontecessem?

Não posso falar, senão os outros pilotos vão fazer igual! Acho que foi fundamental ouvir as dicas do Beto Posses. Fiz tudo ao contrário e deu certinho… Falando sério agora: a principal mudança é que passei a acreditar mais em mim mesmo e no próprio carro. Não descobri nada de novo, apenas me condicionei a fazer dentro da pista aquilo que já havia sido orientado antes. Não descobri algo que eu não soubesse: apenas resolvi colocar em prática o que já sabia.

Outro ponto fundamental para a evolução, não só minha mas de todos os pilotos, é o atendimento prestado pela organização nos treinos extras e nas clínicas de pilotagem. O Porsche é um carro muito potente e é importante ter prática para pilotá-lo.

O que você espera da categoria para 2008, com os carros novos (geração “997”)?

A mudança de carro vai exigir uma adaptação de todo mundo e isso aumenta a importância dos treinos extras. Teremos que nos condicionar para pilotá-lo. Os carros novos têm câmbio seqüencial mas não possuem ABS. Já pilotei carros sem ABS, mas era um protótipo bem mais leve que o Porsche. E há os 30 cv a mais do motor. Vai ser bacana. Pena que essa mudança aconteceu justamente agora que “peguei a mão” do “996”, depois de duas temporadas e meia. Como brincou o Marcel Visconde, agora vou precisar de mais dois anos para me adaptar ao “997”…

Você corre desde a década de 1970. Cite um momento marcante da sua carreira nas pistas.

Sem dúvida, foi a vitória na minha categoria (Protótipos com motores até 2 litros) na Mil Milhas, em 2006. Adoro pilotar e sempre faço corridas longas com o menor número possível de parceiros, só para passar mais tempo no cockpit! Mas naquela eu extrapolei. Meu parceiro, o Peter William Januário, teve um problema no nervo ciático. A corrida teve dez horas de duração e eu guiei sete, para poupar o Peter. Saí do carro com o formato do banco moldado nas costas (risos), mas feliz da vida! E ainda vencemos, mesmo depois de eu levar uma batida do Tarso Marques na curva do Café e cair para último.

Reprodução de textos e fotos autorizada para uso jornalístico. Créditos: Divulgação Porsche GT3 Cup (texto) e Vinicius Nunes/divulgação Porsche GT3 Cup (fotos).

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