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Análise: Curva do Pinheirinho, em Interlagos, explicada por engenheiro da Porsche Cup

A Porsche GT3 Cup inaugura sua série de análises com uma das curvas mais importantes do miolo do circuito de Interlagos, o Pinheirinho. De baixa velocidade, é contornada pelos Porsche 911 GT3 Cup em segunda marcha, a 90 km/h. A princípio, é uma curva que não apresenta grandes dificuldades no seu contorno. Porém, se a tangência não for feita de maneira correta, abre-se a possibilidade de ser ultrapassado na curva seguinte, o Bico de Pato.

O Pinheirinho é uma curva particular, já que que se usa muito pouco o freio – somente o movimento de volante para entrada nesta curva já diminui a velocidade do Porsche. Curiosamente, um erro de tangência no Pinheirinho é uma das principais causas de toques e acidentes em Interlagos, já que o piloto que vem atrás consegue emparelhar e chegar junto no Bico de Pato, uma curva muito fechada para a direita, que não permite que dois carros a contornem lado a lado.

Geralmente o erro começa no contorno do Laranjinha. Quando o piloto erra a tangência dessa difícil curva, acaba saindo do traçado no “S” e entra já errado no Pinheirinho, não desenvolvendo a velocidade máxima para a curva. “Instintivamente, o piloto que está sendo ultrapassado tende a fechar a porta, causando toques no Bico de Pato”, explica o engenheiro da Porsche GT3 Cup, Vinicius Quadros.

Em 2010, Miguel Paludo e Alexandre Barros protagonizaram um lance curioso e raro – “Vindo mais forte, Miguel ultrapassou Alexandre por fora no Pinheirinho. Algo realmente difícil de acontecer”, relembra Vinícius.

Curiosidade: o Pinheirinho tem esse nome porque no antigo traçado do circuito paulistano havia um pinheiro em seu lado externo. Muitos dos carros que escapavam naquela antiga curva acabavam por acertar a famosa árvore, que virou a razão deste nome peculiar.

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