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Seis pilotos para dois títulos – o que cada piloto espera da decisão

Três títulos estarão em disputa na última etapa do Porsche GT3 Cup Challenge, que será realizada neste final de semana em Interlagos. As categorias Cup, Challenge e Master conhecerão os campeões da temporada 2013 em um final de semana que promete muitas emoções para todos os envolvidos. Na Cup e na Master, a expectativa é grande: três pilotos disputam os títulos de cada divisão. A batalha começa nesta sexta-feira, com a realização de treinos livres das 9:15 às 18:30.

Na Cup, há perspectivas de se conhecer um novo bicampeão ou de ser consagrado o primeiro tricampeão da história. Os três concorrentes já tiveram a honra de levarem pra casa o título da categoria. O líder do campeonato, Ricardo Rosset, foi campeão em 2010. O vice-líder, Ricardo Baptista, ficou com os títulos de 2007 e 2012. E Constantino Júnior foi campeão em 2011.

Ricardo Rosset – “Pontuação dobrada pode punir regularidade”

Rosset utilizará sua experiência no automobilismo pra controlar os ânimos na hora da decisão: “Pretendo trabalhar com a vantagem que construí ao longo do ano. Tenho 24 pontos de vantagem e isso permite que eu possa ter uma prova mais estratégica. Meu foco é a primeira prova, evitar acidentes e chegar numa boa colocação para que possa largar em uma boa posição na segunda prova”. Uma das precauções que Rosset tomará para a prova do domingo é em relação ao clima: “Minha preparação é sempre a mesma. O condicionamento físico é vital, especialmente se o calor destes dias (33°, 34°) persistir. Talvez seja o caso de fazer um acerto diferente no carro”, comenta. Ele diz não gostar muito da pontuação dobrada adotada para a última prova, no domingo: “Entendo que aumente as emoções, mas você pode perder o trabalho de um ano inteiro num acidente ou numa quebra. Acho que fica meio uma loteria”.

Ricardo Baptista – “Pontuação dobrada dá tempero especial”

O principal adversário de Rosset é seu xará Ricardo Baptista. Ele mantém a confiança na última etapa do ano: “Estou otimista e pretendo cumprir meu papel. É muito bom chegar à última prova do ano com chances de ser campeão”, afirma. O piloto diz não estar fazendo nenhum ritual específico para as provas finais: “A prova tem um sabor especial, ansiedade e adrenalina de uma decisão de titulo, mas como piloto devo me concentrar em apenas fazer o meu melhor”, comenta. Baptista, ao contrário de Rosset, vê com bons olhos a pontuação dobrada das últimas provas e aproveita para dar uma sugestão: “Essa pontuação é muito interessante para o campeonato, dá tempero especial pra prova. Acredito que seria interessante se houvesse a possibilidade do descarte também ser dobrado, assim reduziria o risco de se punir a regularidade”, sugere.

Constantino Jr. – “O único risco que corro é o de ser campeão”

Com chances matemáticas, Constantino Júnior mantém o mesmo discurso desde que voltou a disputar as provas da Cup. Ausente nas duas primeiras etapas do ano, o piloto obteve grandes resultados e, apesar do prejuízo na tabela, chega a Interlagos com chances matemáticas de título. “Sinceramente, em termos de campeonato eu não tenho nenhuma chance. Com 60 pontos atrás de um piloto experiente como o Rosset, qualquer coisa fica difícil. Se você pegar o retrospecto, a disputa entre nós 3 é sempre muito apertada. Vou mesmo para ‘cumprir tabela’. Os ‘Ricardos’ são muito bons e acho que o título ficará com um dos dois”, comenta. Em relação à preparação para a última etapa, Constantino brinca com a situação: “O único risco que eu corro é de ser campeão. Tenho menos a perder e isso é sempre um fator que ajuda na hora da prova”. Ele também concorda com a pontuação dobrada na última prova: “É muito interessante para o campeonato. A temporada exige uma regularidade, mas é fundamental ter emoção até a última prova. O campeão tem que ser feliz também na última corrida do campeonato”, finaliza.

Emoções divididas tomam conta da Master
Três pilotos da categoria Master chegam à última prova com chances matemáticas de conquistar o título. Maurizio Billi e Guilherme Figueirôa podem ser campeões pela primeira vez. Roberto Posses, correndo por fora, foi campeão da categoria Cup em 2005.

Maurizio Billi – “Pontuação pode punir muito ou beneficiar muito”

O líder, Maurizio Billi, manteve uma regularidade impressionante, deixando de pontuar em apenas duas provas (uma em Algarve e outra em Curitiba). Billi mantém a concentração e é taxativo em relação às expectativas das provas do final de semana: “Espero vencer”, diz. O piloto afirma não estar fazendo nenhuma preparação especial para a prova, apesar de admitir certa ansiedade na decisão: “Sempre há a expectativa de uma boa prova e que tudo corra bem, mas não há dúvidas que a decisão traz um fator emocional a mais”. Billi, assim como Rosset, vê com ressalvas a pontuação dobrada na última prova. “O trabalho de um ano todo pode ser decidido pela a última prova. É uma medida que tanto pode prejudicar muito um lado como beneficiar muito outro”.

Guilherme Figueirôa – “Não penso no título, apenas na prova”

O vice-líder, Guilherme Figueirôa, mantém o discurso político sobre a decisão: “Espero fazer meu melhor. Tento não pensar no título, apenas na prova”. Para tanto, o piloto irá repetir a preparação que realizou durante toda temporada 2013, com exercícios físicos e treinos em simulador. Figueirôa afirma que o foco apenas nas provas é uma tática pra lidar com a ansiedade de conquistar o primeiro título. “Estou realmente focado apenas nas corridas. Se você entra pensando em título, a pressão aumenta e isso costuma ser prejudicial”. Em relação ao sistema de pontuação dobrado, válido na última etapa do campeonato, Figueirôa se diz favorável. “Eu acho ótimo! É bom que dá chances pra quem está mais atrás e mantém as emoções até a última prova.”

Roberto Posses – “Minha expectativa é me divertir”

Correndo por fora e com chances matemáticas de ser campeão, Roberto Posses afirma não acreditar em uma eventual conquista de título: “Não tenho a menor chance. Minha expectativa para a prova e encontrar o pessoal e me divertir”, admite. Para Posses, encarar uma decisão de campeonato não é algo inédito. Ele foi o primeiro campeão da Porsche Cup, em 2005, quando teve como maior adversário o catarinense Luís Zattar, vice-campeão. Experiente, afirma não estar fazendo nenhuma preparação especial para a última etapa do ano e se diz a favor do sistema de pontuação dobrado: “Torna a disputa final ainda mais emocionante”, finaliza.

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