Realista sobre chances de título, Lico Kaesemodel ainda sonha com o bicampeonato Sprint
Chegar ao topo não é uma tarefa fácil. Permanecer nele, então, é mais complicado ainda. E é com essa responsabilidade que Lico Kaesemodel tem disputado a temporada de Sprint da Porsche Império GT3 Cup, na classe Cup. Atual campeão da categoria, ele começou o ano como o cara a ser batido, afinal, todos estavam de olho no título conquistado em 2016. Com mais uma etapa pela frente e a quarta colocação do campeonato, o piloto sabe que as chances de buscar o bicampeonato diminuíram, mesmo assim, a intenção é lutar até o fim.
Lico chega ao Autódromo de Interlagos, em São Paulo, para a etapa final com 26,5 pontos de desvantagem para o líder Miguel Paludo, sem contar os descartes (172,5 a 146). Assim, além de precisar de um bom resultado nas duas últimas corridas do ano, ele tem de secar os principais adversários.
“Por ser o atual campeão da Sprint, eu até esperava um pouco mais (da atual temporada). Mas tive alguns problemas na metade do campeonato, algumas punições que, na minha visão, foram injustas. Mas aconteceram, é isso aí. Conquistar o título é um pouco difícil, mas vamos ver. Tem de ver os descartes ainda. Mesmo assim, estamos na briga”, avaliou o competidor.
Após 11 corridas, Lico conseguiu uma vitória, na primeira prova no Velo Città, em Mogi Guaçu (SP). Sempre muito rápido, ele ainda acumula duas pole positions na temporada. O problema é que os resultados positivos nos treinos classificatórios não foram repetidos nas maiorias das corridas.
Vale lembrar que Lico quer entrar em um seleto grupo de pilotos que passaram pela Porsche Império GT3 Cup desde a criação da categoria, em 2005: o de bicampeões. Até o momento, apenas Miguel Paludo, Ricardo Baptista, Constantino Jr e Ricardo Rosset já levantaram a taça mais de uma vez. Será que ele consegue repetir?
“Vamos lutar até o fim. Tenho chance, sei que tenho. Não são grandes, mas temos de nos agarrar a elas”, destacou o competidor.
Confira um bate-bola com Lico Kaesemodel:
1- Qual a expectativa para a corrida final de Sprint, em Interlagos?
“A expectativa é a melhor possível. É uma corrida junto com a Fórmula 1, tem uma energia especial, a arquibancada vai estar cheia. Vou fazer meu melhor. Ano passado, venci na chuva. Então, vamos para cima”
2- O fato de ser a última etapa da temporada e valer o título muda alguma coisa em sua preparação ou até mesmo na tática da corrida?
“O fato de ser a última etapa muda um pouco, você começa a fazer todas as contas possíveis. Tive alguns problemas no meio do campeonato. Sobre a tática, é tentar ser o mais rápido possível, não temos treino, vamos direto para a classificação. Assim, largar na primeira fila é o ideal. Sobre a preparação, eu mantenho o de sempre, que é ir para a academia, andar de kart, que é algo que faço desde quando comecei a correr”
3- Mais uma vez, a Porsche Império GT3 Cup vai ter uma etapa junto com a Fórmula 1. Isso muda algo na sua preparação?
“Como tinha dito, é uma corrida junto com a Fórmula 1, tem uma energia especial, a arquibancada vai estar cheia”
4- Qual foi o momento mais marcante da temporada até agora para você?
“Falando de Sprint, o momento mais importante para mim foi da pole position e da vitória no Velo Città. É uma pista que eu gosto bastante. Ganhamos lá também na Endurance Series com o Ricardo Zonta. No Sprint, fizemos a pole e ganhamos. Foi um momento muito bacana”
5- Você venceu uma prova na temporada, mas se mantém entre os primeiros colocados do campeonato desde o início do ano e segue com chances de título. Qual tem sido seu diferencial em 2017?
“Acho que não teve tanto diferencial nessa temporada, foi até mais complicado que em 2016. Neste ano, o campeonato está bastante competitivo. Isso só mostra como a categoria tem evoluído no nível de pilotos. Os carros são muito parecidos, mas em corridas curtas, um setup, uma asa a mais ou a menos, um clique de barra, tudo isso faz diferença. Não precisa preservar tanto o carro como na corrida de Endurance. Um pequeno acerto faz diferença. Vamos lutar até o fim. Tenho chance, sei que tenho. Não são grandes, mas temos de nos agarrar a elas. O campeonato só vai ser decidido na bandeirada da segunda corrida”
