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Motivados, Fábio Alves e Otávio Mesquita buscam a segunda vitória na Porsche Challenge

Cada vez mais competitivo e disputado, o campeonato da Porsche Challenge acrescentou mais dois pilotos à sua lista de vencedores: Fábio Alves, líder do campeonato, e Otávio Mesquita. Com histórias distintas no automobilismo de competição, eles subiram no degrau mais alto do pódio nas provas realizadas em Interlagos, terceira etapa do Porsche GT3 Cup Challenge, e esperam repetir o resultado na rodada dupla que será realizada em Curitiba no dia 23 de agosto.

Fábio Alves correu durante muito tempo com karts e monopostos até 1996. Voltou às pistas em 2012, já na Porsche Challenge e com a temporada em andamento. Na última prova do ano, conseguiu seu primeiro pódio. Em 2013, foi presença constante entre os seis primeiros. E, depois de vencer pela primeira vez, ganhou confiança em continuar firme na luta por vitórias. “Desde minha estreia na Porsche Challenge eu tive em mente que este momento iria acontecer”, afirma. “Confesso que as primeiras corridas que fiz, em 2012, me deixaram preocupado quando à adaptação. Eu estava sem correr havia 16 anos e toda minha experiência anterior era em monopostos, que não têm nada em comum com um Porsche. Mas consegui um pódio na última prova de 2012, andei bem em 2013 e, quando começou a temporada deste ano, faltava apenas uma vitória. Ela aconteceu e, depois de vencer pela primeira vez, é natural que a confiança aumente”, relata. “O final de semana em Interlagos só não foi perfeito para mim porque não venci a segunda corrida”, completa. O resultado da primeira corrida já foi suficiente para ele assumir a liderança do campeonato, até então nas mãos do catarinense Kreis Júnior.

Alves conseguiu a pole position para as duas corridas da Challenge realizadas em junho em Interlagos. Venceu a primeira de ponta a ponta e, na segunda, liderou até o carro começar a apresentar tendência a sair de traseira nas curvas. “Eu sabia que ia ser difícil segurar a ponta porque a regulagem do meu carro estava adequada para pneus mais novos. Os pneus já tinham o desgaste de dois treinos classificatórios e da primeira corrida. O Otávio foi audacioso e fez o que tinha que fazer para ganhar”, analisa. Alves esperava disputar o segundo lugar, mas terminou em terceiro. “O Kreis me passou porque errei na freada do Lago”, admite.

Para Curitiba, o líder do campeonato está otimista. “Tive um bom desempenho nela na etapa realizada em maio e minha expectativa é a melhor possível. E, depois que se sente o gostinho da vitória, o segundo lugar passa a ser um resultado ruim!”, brinca. Alves considera Kreis e Mesquita como maiores ameaças na luta pelo título. “O Kreis é muito rápido e preciso, tanto que venceu corridas e liderou o campeonato até a etapa de Interlagos. O Otávio não correu em Portugal e zerou em uma das provas de maio. Mas é um piloto experiente e vai vir forte nas próximas corridas. Não descarto a presença dele na luta pelo campeonato nas provas finais.”

Mesquita, por sua vez, também espera terminar bem nas duas corridas – algo crucial para seu objetivo de subir de posição no campeonato (atualmente, é o quinto colocado). “Curitiba é um circuito que eu curto muito e onde costumo me sair muito bem. Se eu não tivesse deixado de pontuar em quatro corridas, duas nas quais não participei e duas em que tive problemas no carro, certamente estaria entre os três primeiros do campeonato”, garante.

Mesquita é um dos “pioneiros” do Porsche GT3 Cup Challenge. Ele estava no grid da primeira corrida da história da categoria, em 16 de abril de 2005. Naquele ano, obteve suas primeiras vitórias no automobilismo, exatamente em Interlagos e Curitiba. Disputou a Porsche Cup até 2012 e depois optou pela Challenge, devido à necessidade de se dedicar mais a seu programa de TV. “Não descarto a possibilidade de voltar à Cup em 2015, mas no momento estou curtindo muito a Challenge.”

Em Interlagos, Mesquita comemorou muito, ao lado da mulher e do filho, sua terceira vitória no campeonato da Porsche. E explica o que passa na cabeça de um piloto no momento em que ele recebe a bandeirada da vitória: “a última volta, quando você avista aquela bandeira quadriculada, ela não é preta e branca: ela é colorida e tremula em câmera lenta. É um momento único, um verdadeiro deleite para o piloto. Quando entro num carro, quero mais que o prazer de correr: eu entro pra ganhar a corrida. Essa emoção, esse orgasmo vale mais que qualquer prêmio em dinheiro”.

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