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Entrevista – Beto Posses: “Novo carro vai exigir mais técnica dos pilotos”

Beto Posses tem lugar garantido na história do Porsche GT3 Cup Challenge Brasil. Em 2005, ele foi o primeiro campeão da categoria e venceu também a preliminar do GP do Brasil de Fórmula 1. Outra particularidade: nos três anos de existência do campeonato, ele é o único piloto que ganhou corridas em todas as temporadas. Não passou nenhum ano “em branco”.

Tal retrospecto faz com que seu nome seja sempre colocado na lista de favoritos à vitória. Mesmo com esse currículo, ele mantém a postura de quem corre por prazer. Um prazer que não se abalou nem mesmo no final de julho, quando um acidente na prova 10, em Santa Cruz do Sul, causou-lhe fraturas no cotovelo esquerdo e em três costelas. Foram três semanas de internação e dois meses e meio de recuperação.

Em outubro, menos de três meses depois do acidente, Posses já estava de volta ao cockpit de seu Porsche para disputar a preliminar do GP do Brasil. Desejava apenas terminar a prova, mas a competitividade aflorou após o treino classificatório: não estava feliz com o nono lugar no grid, entre 22 carros. No domingo, seu estado de espírito mudou completamente: subiu ao pódio em terceiro lugar, depois de uma excelente atuação.

Nesta entrevista, Beto Posses comenta a temporada de 2007 e suas expectativas para 2008.

Qual foi o melhor momento da temporada 2007 para você?

Foi quando saí do hospital! Fiquei algumas semanas internado e esses momentos realmente não são memoráveis… Por outro lado, tive um atendimento médico excelente e muita gente me apoiou. O Raul Boesel e a Débora, esposa dele, foram um sonho. Depois do acidente de Santa Cruz, eles não me largaram nem por um segundo. Outro momento bacana aconteceu na cerimônia de premiação do campeonato, quando recebi o troféu “Espírito do Porsche GT3 Cup”.

E a vitória na prova 3? Aquela corrida foi muito disputada, deve ter sido prazeroso também…

Foi, é claro. É sempre um prazer ganhar uma corrida, especialmente uma em que tantos pilotos poderiam terminar em primeiro lugar. Mas este foi um ano em que muitas coisas aconteceram. Uma delas foi disputar provas de longa duração em dupla com meu filho André. Fizemos juntos o GP Cidade de São Paulo, no começo do ano, e depois vencemos a “3 Horas de Cascavel” em nossa categoria.

O que você espera do Porsche GT3 Cup para 2008, com os carros novos (geração “997”)?

Vai ser uma surpresa para todos. O novo carro exige mais técnica e os pilotos precisarão “trabalhar” mais no cockpit. Além disso, com ele deveremos diminuir o tempo de volta em Interlagos em algo entre dois e três segundos. Será importante reunir os pilotos para uma conversa e conscientizar cada um, ainda mais, de que estamos lá para ganhar, mas principalmente para ter diversão. Segurança virou prioridade e teremos que dar atenção a isto.

Cite um momento marcante de sua carreira nas pistas.

Tudo é tão bom, tão legal, que é difícil escolher um só. Além do aspecto esportivo, que já me deu grandes satisfações, o automobilismo me deu a oportunidade de conhecer pessoas fantásticas e fazer grandes amigos. Mas neste ano vivi um momento especial ao ganhar em Cascavel. Eu nunca havia sonhado em participar do esporte em dupla com meu filho, e quando vi estávamos correndo juntos e ganhando juntos. Fiquei realmente muito emocionado.

Reprodução de textos e fotos autorizada para uso jornalístico. Créditos: Divulgação Porsche GT3 Cup (texto) e Vinicius Nunes/divulgação Porsche GT3 Cup (fotos).

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